quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Ben-Hur 3D


Nota: 2,0

Neste remake do épico de 1959, Judah Ben-Hur é acusado injustamente de traição por seu irmão mais novo e perde não somente o trono, mas seu grande amor, família e honra, ao virar escravo. Muitos anos se passam e ao retornar para seu "lar", Ben-Hur quer vingança. 


Confesso que quando anunciaram este remake, fiquei com o pé atrás, afinal, o clássico de 1959 ganhou nada mais, nada menos que 11 estatuetas do Oscar. Realizado em uma época que não dispunha de praticamente nenhum efeito especial, os combates em uma corrida de bigas eram viscerais e a cada aparição eloquente de Charlton Heston a tela ficava gigante.



        Não vejo necessidade em "ressuscitar" filmes com essa magnitude. Depois que assisti "Ben-Hur", confesso que fiquei com muito medo do que vem por aí com Blade Runner .
Jack Huston (Ben-Hur), não convence e aproveitando o tema, que envolve um grande herói, tenho a nítida sensação de que Charlton Heston, se estivesse vivo, provavelmente olharia para o novo Ben-Hur, "mediria, pesaria, avaliaria e o consideraria insuficiente para tal papel".
Uma coisa é importante destacar, e isso eu faço com muito orgulho, pois lembro-me da primeira vez em que Rodrigo Santoro (Jesus em Ben-Hur) deu as caras em Hollywood e foi duramente criticado. É, ele pode não ser um ator "oscarizado", mas é muito competente. Mesmo que seu papel não apresente a aura celestial do filme original, Rodrigo cumpre sua tarefa com êxito. Uma pena, pois nosso ator brasileiro ainda não teve seu verdadeiro potencial explorado como gostaríamos de ver. Quem sabe um dia...  



Sem brilhantismo e literalmente desnecessário, "Ben-Hur" de especial só tem o 3D para tornar mais envolvente a batalha entre gladiadores e suas bigas. Nem mesmo a tecnologia que leva o espectador à imersão, consegue ser suficiente para que haja envolvimento... Em outras palavras, se você assistir em 2D, economizará seu rico dinheirinho.  Bom, "Gladiador" de Ridley Scott tá aí para provar que um grande épico não precisa disso para cativar seu público.



Jack Huston não é Charlton Heston e a obra-prima da década de 50 continua insuperável. Não estou bancando o conservador que é contra remakes. Só acho que determinadas obras são  realmente irretocáveis. Ou você ousaria recriar a Mona Lisa de Leonardo Da Vinci? 

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

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